Stromanthe porteana Gris

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2011

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Categoria: LC

Justificativa:

?A espécie ocorre emoito Estados do Nordeste e Sudeste e em algumas unidades de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Detalhes: Leite; Machado (2007) e Souza et al. (2009) confirmam a presença de subpopulações naturais da espécie no Parque Dois Irmãos, em Pernambuco.Leite; Machado (2007) realizaram estudo entre fevereiro de 2001 e fevereiro de 2003 em 15 indivíduos de cada espécie, marcados aleatoriamente em 15 subpopulações naturais.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica

Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa/Aberta, Floresta Estacional Semidecidual (Stehmann et al., 2009)., Floresta Ombrófila de Terras Baixas (Soares Jr. et al. 2008).

Detalhes: De acordo com Soares Jr. et al. (2008) a espécie é hemicriptófita. S. porteana é herbácea, com altura entre 1,0 m e 2,5 m (Leite; Machado, 2007). Os mesmo autores mencionam que o maior percentual de floração e frutificação para a espécie foi observado durante a estação chuvosa, sendo que a produção de botões e flores nos indivíduos foi contínua, porém em diferentes meses dos anos de estudo (2001-2003) foi registrada ausência de frutos em dispersão. Com os testes para verificação de autopolinização espontânea, Leite; Machado (2007) concluíram que não há produção de frutos, indicando que a espécie é alógama. Em S. porteana o estilete pode não ser liberado durante a primeira visita do polinizador, sendo necessárias repetidas visitas para desencadear o mecanismo de polinização. Entretanto, quando o estilete é liberado de sua posição inicial, todos os grãos de pólen são transferidos para o corpo do polinizador (a língua ou o bico) e a flor não é mais visitada (Leite; Machado, 2007). Os autores concluem que apesar da baixa produção de frutos, a presença de distintos polinizadores com diferentes comportamentos de forrageamento está mantendo a reprodução sexuada da espécie em seu ambiente natural.

Ameaças (3):

Estresse	Ameaça	Declínio	Tempo	Incidência	Severidade
	1.1.1 Crop
Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita - Grandes áreas de plantações de cacau. Parte da RPPN é cortada por uma estrada que dá acesso à parte mais alta da SBO, onde foi instalada uma torre de transmissão, o que determinou nesse local, a erradicação da vegetação original há mais de 30 anos (Amorim et al., 2009)

Estresse	Ameaça	Declínio	Tempo	Incidência	Severidade
	1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Reserva Serra das Lontras - Em pontos mais íngremes é visível o recente aumento no grau de perturbação da floresta, devido à extração seletiva de madeira e queimadas (Amorim et al., 2009)

Estresse	Ameaça	Declínio	Tempo	Incidência	Severidade
	1.7 Fire
Reserva Serra das Lontras - Em pontos mais íngremes é visível o recente aumento no grau de perturbação da floresta, devido à extração seletiva de madeira e queimadas (Amorim et al., 2009)

Ações de conservação (3):

Ação	Situação
1.2.1.3 Sub-national level
​"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Ação	Situação
4.4 Protected areas
Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita (ca 7.500 ha município de Camacan). O grau de conservação da vegetação é muito variado. Reserva Serra da Pedra Lascada (ca. 300 ha município de Barro Preto). A floresta exibe áreas bem preservadas.Parque Estadual Dois Irmãos, um remanescente de Floresta Atlântica com 388,67 ha (Leite; Machado, 2007).Estação Ecológica de Caetés - ESEC (Soares et al., 2008)

Ação	Situação
5.7 Ex situ conservation actions
Santos et al. (2010) citam a presença da espécie do Jardim Botânico de Recife, com alto valor de densidade absoluta (10.000 ind/ha)